terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Como Estamos entrando em nossos cultos? E como estamos saindo?



            E dizia a todos: Aquele que quiser me seguir negue-se a si mesmo, e tome a cada dia a sua cruz, e siga-me.
            Lucas 9: 23.

            Culto abençoado, hinos ungidos e pregação poderosa. Saio do culto e pergunto para o irmão: Como estava o culto? Ele, empolgado, responde: Estava muito bom! Meu Deus, como o Espírito Santo operou hoje! Pessoas falando em línguas, o louvor me arrebatou e a palavra foi poderosa, algo que marcou minha vida! Então, pergunto novamente: O que o irmão aprendeu hoje? E aí se entende o porquê do estado atual da igreja. Ah, muitas coisas, sabe, sobre aprender a perseverar...perseguir nossos alvos...não deixar de sonhar...que os planos de Deus não podem ser frustrados...
            Eu não estou dizendo que respostas como essas não tenham sua validade e também sei que há muitas pessoas que, de vez em quando, precisam ser encorajadas. Mas enquanto às mudanças? E quando o que preciso não é ser encorajado, mas talvez repreendido, talvez avisado, e muitas vezes ensinado sobre coisas realmente eficazes?
            Sei que sou chato, mas me incomoda o fato de cada vez ser mais frequente crentes que entram e saem do culto do mesmo jeito. Não estou querendo ser apocalíptico, mas, está tudo tão bem que só é necessário um empurrãozinho espiritual? Será que estou realmente carregando a minha cruz a cada dia, mesmo, e me negando, e com isso, seguindo a Cristo?
            A cruz que Cristo está falando não é a dele. É a minha cruz. Naquela época, somente as piores pessoas possíveis eram condenadas à morte de cruz. Jesus morreu numa cruz porque seu crime foi ser perfeito em tudo, tanto que os homem tiveram que condená-lo. A verdade é reveladora porque muitas das vezes causa revolta. Crucifica-o! gritavam ao nosso Senhor.
            Então vem a pergunta: se Cristo pagou por nossos pecados e carregou a cruz por nós, porque nós ainda devemos carrega-la? Resposta:
            Cristo nos mandou carregar nossa cruz e o seguíssemos porque no final, ele é que foi Crucificado!
            Entenda: somente o condenado deveria levar a sua cruz. O episódio do homem que ajudou Cristo por alguns momentos foi episódico.  Não fazia parte. Era impossível um homem carregar a sua cruz e não ser crucificado nela. A cruz é minha, eu devo ser o crucificado. Hoje seria como o homem no corredor da morte esperar por anos para ser morto, e de repente, alguém tomar o seu lugar na cadeira. Não tem como isso acontecer, por isso é impossível. Não é impossível eu carregar minha cruz, mas é impossível alguém ser crucificado no meu lugar.
            Dou graças porque o que para os homens é impossível, para Deus não é! Esse é ponto: como valorizaremos a verdade da cruz, se antes não a carregarmos? Como poderemos imaginar o tamanho do sacrifício, se não compreendermos que o caminho percorrido por mim é para que outro morresse em meu lugar?
            Quando eu nego a mim mesmo, estou aceitando minha culpa de pecador, e quando obedeço a verdade do evangelho, estou carregando o fardo de Cristo, que, comparado ao preço pago na cruz, é leve. Quando eu chego no culto, se eu, durante o dia, neguei a mim mesmo, procurando andar segundo o evangelho, é no culto que celebro e agradeço amor de Deus por mim!

            Eu não estou dedurando ninguém, apenas estou me analisando agora: se eu aprendesse mais a negar a mim mesmo e carregar a minha cruz, o significado do culto seria outro. Isso porque, no final, me lembraria que três dias depois, meu Jesus ressuscitou! E eu, com Ele.

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