O pecado
habita em mim (Romanos 7: 17). Essa é uma verdade que todo cristão deve estar
bem ciente, todos os dias. Ainda que no meu espírito sirva a Deus, na minha
carne sirvo ao pecado (Romanos 7: 25). Esta é uma dualidade presente no homem,
vem da nossa natureza e faz parte dela, intrinsecamente ligada às nossas
emoções, desejos e atitudes. Nossa mente foi corrompida, já não temos a
capacidade de fazermos o bem por nós mesmos (Romanos 7: 18,19). Isso nos leva a
uma guerra constante, entre carne e espírito, vontade e o ato de realizar essa
vontade. Estamos em guerra, permanentemente.
Mas então,
vem uma pergunta famosa: Se eu, segundo Paulo, estou livre do pecado (Romanos
6: 1 e 2), porque continuo a pratica-lo? Porque eu simplesmente não deixo de
amar o pecado e passo a simplesmente ignorá-lo? Eu creio que crê, caso Cristo
nos retirasse o desejo de pecar, é muito provável que nós simplesmente nos
esqueceríamos dele. Olhe como os fariseus viviam. Cheios de orgulho pela sua
santidade, sua vida piedosa, justa diante da lei e dos homens. Como está
escrito em Lucas 18: 11,12:
O fariseu, estando de pé, orava consigo
desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens,
roubadores, injustos e adúlteros; nem como este publicano. Jejuo duas vezes por
semana e dou o dízimo de tudo quanto possuo.
Eu não
estou aqui fazendo um convite ao pecado (Romanos 6: 1, 2). A verdade é que o
pecado que faz separação em mim e meu Deus (Isaías 59: 2) é mesmo que me
quebranta quando me achego diante Dele. Muitas pessoas dizem serem pessoas
quebrantadas, que possuem um coração contrito. Mas a minha pergunta é: pelo
quê? Não são por seus problemas? Seus desejos que ainda não foram atendidos?
Por promessas ainda não cumpridas?
Sejamos sinceros: o que nos quebranta em oração e adoração a Deus?
Se você
está lendo isso deve estar pensando que sou muito justo, ou santo. Mas muito
pelo contrário. Sou pecador. Vinte e quatros horas sintonizado nas ondas do
pecado. Meus pensamentos, anseios, minha maneira de pensar e raciocinar e a
maneira como me justifico pelas minhas práticas são pecado em si. Não porque
não tenham boas intenções, ou porque não há um desejo de servir a Deus, mas
porque, sempre que busco servir a Deus segundo o meu conselho, peco. Isso
porque não tenho virtudes e qualidade suficientes para me aproximar daquele que
é três vezes santo.
Eu entendo
hoje que minha santidade, aquilo que deixo de fazer ou faço em nome de
santidade não é capaz de me aproximar de Deus. E isso dói. Me lembro daquele
salmos: Quem entrará no monte santo? (Salmos
15: 1). Resposta: Aquele anda
sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração (salmos
15: 2). Quem de nós pode se gabar de ser assim?
E é aí que
vem o problema: quantas vezes nos gloriamos por termos isso em Cristo sem
entender a profundidade do nosso pecado diante de Deus? Nós não temos gratidão,
e se temos é pequena (Lucas 7: 47). Uma
das grandes (para mim, a maior) obras do Espírito Santo é nos convencer do
pecado. E é este convencimento que nos leva a Cristo. Não com sentimento de
vanglória, de ganancia. Mas de gratidão, temor, misericórdia. E principalmente,
amor. Ah, meu irmão ou irmã! Se tivesse a capacidade de sentir na nossa alma
pelo menos um pouco do peso que é a ira de Deus sobre o pecado, talvez nos
tornássemos menos insolentes diante da sua graça. E muito mais gratos por
Cristo. E amaríamos mais, perdoaríamos mais, viveríamos de maneira muito mais
abundante.
Tenho um
convite a fazer: leia as escrituras. Simplesmente leia. Ore a Deus que o
Espírito Santo lhe dê um entendimento tal que você possa compreender como esta
graça é poderosa. Estou cada vez mais convencido que o amor de Deus em Cristo
por nós é uma resposta direta ao nosso pecado.
Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós.
Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti
as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e
o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
Tiago 4: 8, 9, 10.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente com temperança e mansidão. Se de alguma forma não concordar com alguma coisa, ou verificar algum erro ou discordância com a Bíblia, esteja livre para comentar. O Objetivo deste blog é simplesmente compartilhar com os irmãos em Cristo sobre a necessidade da genuína transformação através da Palavra de Deus. Por isso, vigie, não use palavras de baixo calão, acima de tudo, que seja sempre para edificação