Evangelho
não é cabo de guerra.
Esta frase
pode parecer meio sem sentido para quem não acompanha as noticias do “mundo
gospel” no Brasil e no mundo, mas é um bom argumento diante de certas questões
cotidianas da nossa vida. A verdade é que as boas novas de Cristo é ao mesmo
tempo, tão simples, mas tão complexa, que ela se torna um verdadeiro
catalizador de argumentos extremistas.
Quero dizer:
o evangelho tanto oferece texto para legalistas religiosos com para libertinos
cristãos. E é interessante como ambos os grupos sempre usam os mesmos
versículos para se defenderem. Os que defendem um legalismo rígido citam
versículos a cerca de santidade, de renúncia, de luta contra a natureza carnal,
enquanto os libertinos falam de liberdade, de adoração, de graça.
Mas o pior
mesmo é quando tudo descamba para a pura superficialidade, onde Jesus se torna
apenas um nome, alguém que assina em baixo nossas convicções e ideias. Frases
com “Em nome de Jesus” ou “tá amarrado”, ou mesmo “declare em nome de Jesus”
fazem parte de nosso folclore pentecostal, e muitas vezes está acima de
qualquer ressalva. Creio que se lêssemos a bíblia, principalmente o Novo
Testamento, e o entendêssemos de forma conjunta, orgânica, sem extremismos,
apenas interpretando o que o texto que dizer e não o que queremos o que ele
fale, é muito provável que mega-igrejas nunca existissem, o constrangimento de
petições de ofertas (oferta é oferta, vem de contribuição espontânea) e mesmo a
sina que muitos pastores levam hoje, de que são ladrões que se aproveitam da fé
de muitos, e de evangélicos cheios de convicções mas sem nenhuma estrutura
bíblica, não seriam tão comuns como hoje são.
O evangelho
é simples: creia em Jesus, creia que ele nasceu como homem mesmo sendo Deus,
gerado pelo Espírito Santo e nascido de uma linhagem davídica, viveu durante
trinta anos no anonimato, e aos trinta, revelou-se como o cordeiro de Deus.
Curou, pregou, expulsou demônios, condenou as trevas, trouxe luz e tinha uma
mensagem central: o amor de Deus. Não um amor legalista, a base de obras e merecimentos,
mas não também um amor libertino, sem um ensino e mandamentos. Um amor gerado
por Deus e trabalhado e concluído por Cristo no calvário, onde ele morreu por
nossos pecados, levando consigo nossa culpa e dívida que era contra nós, e ressuscitando
ao terceiro dia, glorificado por Deus e exaltado nas alturas, de onde enviou o
Consolador, o que habita naqueles que creem nele, e que diariamente nos
convence do pecado, da justiça e do juízo. Este Espírito no habilita a termos
uma vida com Deus por meio de Cristo, de tal forma, que libertados do poder do
pecados, estamos mortos ao seu reinado, e vivos para Deus, mediante a fé em
Cristo. E esta vida não nos deixa imunes a dificuldades oriundas da vida
normal: estamos a mercê de doenças, problemas, angustias, medos, temores,
perseguições, morte. O crente que nega isso, em favor de uma pretenso senso
moral de “só vitória” está se esquecendo que estes problemas e dificuldades,
que para outros é só tristeza, para nós é motivo de alegria. Não por sermos
masoquistas. Mas porque são em situações de extrema necessidade que Cristo nos
consola, fortalece, orienta, ensina e principalmente opera.
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das
misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa
tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma
tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque,
como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a
nossa consolação por meio de Cristo.” II Corintios 1:3-5
Amados, o evangelho é simples. O
que precisamos nos perguntar é: porque fazer dele motivo de discussão e
discórdia quando seu poder reside na nossa pratica dele? (João 13: 15, 17)
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