Lendo
as cartas paulinas vejo um conjunto de ideias e teologias, ensinos e
encorajamentos muito mais baseados em ações, do que necessariamente coisas espirituais, digo, revelações que
abrangem mais o mundo espiritual do que o carnal. Mas ainda que suas cartas
revelem preocupações cotidianas e comuns, desde a maneira como se deve andar no
mundo, como encarar o passado e a nova vida em Cristo, do casamento, da vida de
solteiro, de obreiro, pode existir muitas linhas de raciocínios, mas todos eles
levam a um ponto: Jesus Cristo.
Uma
igreja, uma vida cujo centro está em Cristo pode sim passar por altos e baixos.
Paulo, em Filipenses 4: 11 a 13 fala que experimentou diversas situações e experiências,
de honra ou humilhação, de abundância como escassez. Infelizmente, nossas
igrejas tem ensinado um evangelho onde não se aceita tais coisas. É um tanto
deplorável que, ao ler as escrituras, encontremos um evangelho tão claro quanto
a vida, e encontrar em muitos lideres e pregadores que floreiam tudo, e mesmo o
sofrimento, que deveria servir de amadurecimento, crescimento (Romanos 5: 3 a
5) é pregado como um meio de chegar aos objetivos, que vãos desde bênçãos financeiras
a curas e milagres.
A
impressão que passamos a muitos é aquela que é vida por eles. Em Efésios 4: 17
a 19 Paulo diz que por causa da ignorância e dureza de coração os gentios se
entregam a todo tipo de impureza. Ora, qual a cura para a ignorância senão o
conhecimento, qual o antídoto para a dureza de coração senão o amor de Deus
revelado no evangelho de Cristo? Mas se ouvirmos as pregações que são
ministradas em muitos púlpitos veremos desde a severidade de um evangelho legalista
a um bel prazer evangélico baseado em sentimentos, onde a experiência está acima
de qualquer coisa, e objetivos desta vida são os alvos que todo cristão deve
buscar. Está muito difícil ouvir mensagens onde o evangelho é simplesmente
proclamado do que deturpado.
O
que é um evangelho deturpado? Um evangelho onde Cristo é apenas o meio. O
princípio é minha vontade, e Cristo é meio pelo qual minhas vontades são
satisfeitas. O problema é qualquer pessoa, mesmo não sendo cristã pode vir atrás
disso. Cristo é luz, e luz faz duas coisas: brilha e manifesta as trevas. O que
nosso evangelho tem apresentado é isso?
Porque
tanta ênfase na pregação? Porque a fé vem pelo ouvir a pregação, o evangelho.
Paulo diz que aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação da cruz. Ninguém nunca
vai ser salvo ouvindo ou cantando músicas. Sim, elas podem chamar a atenção de
muitos, mas é vergonhoso estarmos vivendo numa geração onde o dom da pregação é
taxado de chato, e é menosprezado. Não podemos nos esquecer que a salvação de
Cristo é manifesta na obra do calvário, profetizado pela palavra de Deus. É o
evangelho que é dito como poder de Deus.
Amados,
sejamos sinceros: o que temos ouvido nos púlpitos hoje é palavra de Deus, ou
nossos desejos verbalizados por pregadores fracos, medrosos que tem medo de
pregar uma palavra que vai além de nossas necessidades?
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